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20 março 2014

Clichê da felicidade


Há dois meses eu estava me sentindo perdida, sem rumo e [insira aqui adjetivos semelhantes] etc. Hoje, se eu pudesse, voltaria no tempo e falaria pra mim mesma: 'ei, para de pensar tanto e põe logo em ação tudo o que tu quer realizar. Não adianta esperar. As coisas não vão mudar a não ser que tu mude, então te mexe.' E atualmente estou agindo como se meu eu de daqui há dois meses tivesse voltado e me mandado fazer o que eu tenho vontade de fazer logo, pra não me arrepender depois. E sabem de uma coisa? Tem dado certo. 

Eu estava vivendo uma situação cômoda, mas infeliz. Por medo de arriscar, de jogar tudo pro alto, de me decidir, eu permanecia na dúvida, na incerteza e na covardia de me esconder atrás das minhas inseguranças. Quando eu finalmente dei por mim, tinha chutado o pau da barraca e, depois de muito pensar e sentir receios, achei que era melhor eu dar um passo do que permanecer pra sempre no mesmo lugar. Hoje eu me pergunto porque não respirei fundo e tive esses 5 minutos de coragem antes. Teria me poupado muito desgaste, sofrimento e situações ruins. 

Com a música "Velha e Louca" no repeat quase que diariamente, me sinto em paz pra dizer que, assim como diz a letra (e a foto de abertura deste post), "eu tenho tido a alegria como dom, em cada canto eu vejo o lado bom". Porque ao final das contas, a vida é feita pra ser vivida, amada, curtida e todas essas coisas boas, ao contrário do que muita gente acredita. Tudo isso é questão de passar a perceber e agradecer os presentes diários que recebemos (um elogio inesperado, a chave que estava exatamente no lugar que deveria estar e te poupou o tempo de procurá-la, um abraço ou palavra amiga, etc). É clichê, mas pensamento positivo e atitudes positivas atraem energias positivas, fazendo sua vida fluir e tudo ficar mais leve e gostoso. 

Durante esse tempo de redescoberta, tenho aprendido a ter fé acima de tudo e a acreditar mais em mim mesma, duas coisas que recomendo fortemente a todos vocês. Além disso, passei a coordenar melhor meus sentimentos, ou seja, estou dando prioridade à razão e isso tem me poupado muito sofrimento desnecessário. Não é fácil, eu sei, mas quando você consegue ter um olhar racional sobre tudo à sua volta, a vida passa a ser mais leve e, ironicamente, deixar as emoções de lado um pouquinho (não digo oprimi-las, mas colocá-las em segundo plano), fazem com que você se sinta melhor. Eu pelo menos estou assim. 

Espero que vocês estejam bem e, se não estiverem, corram atrás da solução pros problemas. Sempre há uma saída, por mais que pareça não haver. Tenham a alegria como dom. Vejam, em cada canto, o lado bom. Tudo passa a fazer mais sentido... 

08 março 2014

Estar só

📷

Fui desafiada poeticamente por uma amiga hoje no facebook. Não sei se vocês já viram, mas o desafio consiste em escolher 5 amigos que têm que postar em seus respectivos murais um poema ou poesia e marcar outros 5 amigos, e assim sucessivamente. Quem não o fizer em até 24h deve presentear com um livro desse gênero literário o amigo que o desafiou. Achei muito bacana e vi finalmente uma corrente "positiva" de desafios, porque aquele "desafio bávaro de cerveja" não está com nada. Mas cada um com seus gostos, né? Então, fiz toda essa introdução pra assumir que eu nunca fui muito fã de poesia. Nunca gostei da inconsistência das palavras montadas a fim de criar um sentido subjetivo. Sempre preferi tudo às claras, inclusive na literatura. Com o tempo, fui aprendendo a apreciar esse gênero, mas ainda prefiro aquelas que falam com clareza o que querem dizer. Hoje estou bem mais "mente aberta" em relação ao assunto, tanto que fiz minha contribuição com um poema (traduzido) do Bukowski, escritor que gosto muito, que mostro agora pra vocês:

"Oh, Yes
Charles Bukowski

há coisas piores que
estar só
mas nos custam décadas
até que percebamos
e geralmente
quando conseguimos
é tarde demais
e não há nada pior
que
ser tarde demais.
"

Nunca tido lido ele, pra ser sincera, mas depois de uma boa busca por algum poema que eu me identificasse, finalmente encontrei esse. É curto, simples e direto. Conseguiu me passar uma mensagem tão grande que as minhas impressões sobre ele ficaram maiores que o próprio.

Porque estar só parece triste. Remete à solidão que remete à coisas ruins. Mas enquanto estamos sós, podemos ouvir o som do nosso coração e, mais do que isso, podemos ouvir a voz que vem de dentro de nós. Sós podemos ser nós mesmos, sem medos, amarras, sem vergonha e sem pudor. Podemos rir daquilo que verdadeiramente achamos graça, falar sozinhos, dançar, fazer o que quisermos sem medo de julgamentos, sem meias palavras, sem meio tom. Às vezes demoramos demais pra perceber que estar sozinho não é ruim, que estar só faz a gente redescobrir e descobrir muitas coisas a nosso respeito que só fica visível no eco. Porque no meio das outras pessoas, somos só mais um. Mas no nosso universo, quando estamos sozinhos, somos protagonistas da cena. Nossas vozes não se calam e tudo tem um pouco mais de cor. 

Por muito tempo eu achava "estar só" um castigo, mas pude perceber que não é um castigo, mas sim uma benção. Ter um pouco de silêncio, fazer o que estiver a fim, coisas assim fazem a vida valer à pena. E você, o que faz quando está sozinho?

05 março 2014

Sobre fazer a coisa certa na hora certa

I❤U, slightly, many, passionately, madness, not at all.

Eu estava olhando uns textos que estavam no rascunho aqui do blog e acabei me deparando com uma tag chamada "doenças literárias". Tinham algumas doenças, suas explicações e eu até já tinha escolhido alguns livros pra ilustrá-las. Para diabetes (em que era pra escolher um livro muito doce) eu havia bradado "qualquer livro do Nicholas Sparks, porque né?", assim mesmo, em tom pejorativo. Daí que se eu contar pra vocês que li "À Primeira Vista" do autor e fiquei tão envolvida com a história que até postei uma mini-resenha no instagram, vocês acreditam? Não, eu não sou vira-casaca (talvez um pouco), só aproveito a brecha pra registrar aqui a importância de ler um livro (assistir um filme, ouvir uma música...) no momento certo.

Há 9 meses, mais ou menos, eu fiz aniversário e ganhei a obra supracitada. Gostei muito de ter ganhado, porque afinal de contas sou uma devoradora de livros e a amiga que me presenteou é uma das que mais considero, mas por birra eu simplesmente não li o livro de imediato - como eu normalmente faria. Eu já li "Querido John" e "Noites de Tormenta" do Nicholas, mas a leitura simplesmente não fluiu, sabe? Eu tentei gostar das histórias, tentei de verdade, mas não deu. Então eu pensei que o Nic não era e nunca seria um autor querido pra mim. Até que, numa tarde preguiçosa de férias, resolvi dar uma chance ao livro que estava empoeirado na estante. Eu já havia lido um capitulo, há algum tempo (nem lembro quando), e ainda lembrava do que tinha acontecido, então pra não forçar a barra não quis começar tudo de novo e segui a leitura de onde tinha parado. Em 2 dias eu li tudo e fiquei com gosto de quero mais. Isso tudo porque eu deixei de lado todas as más crenças que eu tinha e comecei a ler sem as más impressões anteriores. Abri a página como se eu não soubesse quem era o autor e isso foi um ponto-chave pra que eu caísse de cabeça na leitura. Além disso, eu acredito que li aquele livro no momento exato em que eu deveria fazê-lo. Se eu voltar a ler a obra hoje, talvez não sinta as mesmas emoções que senti, mas naquele momento foi mágico, especial. Como se eu estivesse fazendo a coisa certa, na hora certa. Entendem? O livro me tocou e não foi porque ele é um best-seller (porque não é) ou porque é o melhor livro do mundo. O livro conseguiu me tocar porque minha alma estava na mesma sintonia que aquela história. E foi lindo.

Não estou aqui pra recomendar a leitura da obra (embora seja uma boa leitura, leve, pra passar o tempo), nem pra dizer que o senhor Sparks virou meu autor favorito (está bem longe disso, aliás)... Só gostaria de frisar quão bom é dar sorte de fazer as coisas certas, nas horas certas... E em como isso reflete positivamente na nossa vida.

Dias atrás eu assisti Um Dia e foi tudo perfeito. Guardei a obra com imenso carinho no coração e adicionei-a como favorita no filmow. Talvez se eu voltar a assisti-la hoje, não sinta metade do que senti naquele dia e... Aí está a beleza. São pequenos momentos felizes esses quando a gente sente que não deveria estar fazendo outra coisa além do que está fazendo. E agora, eu aqui escrevendo e você aí lendo, tenho certeza que era isso que deveria estar acontecendo agora! Aproveite... 

E (dai) se ele não for o seu príncipe?

500 dias com ela

Esqueça todo o frio na barriga e as borboletas no estômago. Esqueça o tempo paralisado, a troca de olhares e os sinos badalantes na sua cabeça anunciando que ele é o amor da sua vida. Deixe de lado todas as teorias clichês e saiba que quando o seu príncipe encantado aparecer, você poderá ver que ele nem é tão príncipe (e nem tão encantado) assim. O mundo não ficará cor de rosa e seus sonhos não se tornarão realidade de uma hora pra outra. Você ainda continuará reclamando que sua pele é oleosa (ou seca) demais, suas unhas continuarão quebrando e o dedinho ainda atrairá os pés das camas. Não haverá ninguém para lavar a louça, ficar horas na fila do banco ou lidar com cancelamentos de telefone ou tv por você. Mas, ao invés de praguejar quando tudo isso acontecer, você vai guardar como munição para risadas em futuras conversas com o cara. Você vai aprender a tirar proveito das suas experiências - ainda que negativas - para convertê-las em boas histórias para impressioná-lo. Você vai querer dar o melhor de si para ele e, sem perceber, vai se tornar melhor para si mesma. E mesmo que ele não seja o SEU cara, perfeito para você, ele a terá ajudado de alguma forma a dar o melhor de si e descobrir qualidades que você nem sabia que tinha. Por isso guarde todos os aprendizados com amor e aprenda com os seus erros, por mais banais que alguns possam parecer. Para que então, quando finalmente ficar frente a frente àquele que roubará seu coração para fazê-lo bem, você seja a melhor versão de si mesma - não para ele nem para nenhuma outra pessoa... A não ser você própria!

03 março 2014

Um Dia


Carnaval chegou, eu não fui pra praia ainda e a tv está desligada desde sexta-feira (só abri uma exceção ontem pra assistir ao Oscar). Meus escapes à folia têm sido basicamente três: ficar no facebook/twitter/etc, estudar e assistir filmes/séries online. Então que hoje, enquanto eu visitava alguns blogs, acabei encontrando esse post da Manie e fiquei com muita vontade de assistir (e ler) "Um Dia" - e Remember Me e Across The Universe. Já tinha ouvido falar sobre o filme e o livro com esse título, mas por alguma razão nunca tinha parado pra pesquisar sobre. Assim mesmo, sem expectativas ou qualquer conhecimento prévio - além da 'resenha' que a Manie fez - eu resolvi procurar pra assistir online. Resumo: ainda estou secando as lágrimas que derramei ao assisti-lo, sintam o drama. Daí resolvi comentar um pouquinho sobre o filme com vocês e quem sabe influenciá-los a assistir também. Aliás, agora tô mais doida que nunca pra ler o livro!!!

. | via Facebook

Embora o único trecho de vida acadêmia deles que nós chegamos a conhecer é o dia da formatura, podemos perceber nitidamente a que "classe estudantil" eles pertencem. Emma (Anne diva Hathaway) é a CDF, típica revolucionária da época, com mil ideias na cabeça e muita vontade de correr atrás disso. Dexter (Jim Sturgess) é o popularzão que tem todas garotas que quer na hora que quer, festeiro, riquinho e inconsequente. Até então eles não tinham tido nenhum contato memorável e a história dos dois começa num "primeiro encontro" inusitado. Após a formatura, os dois vão casa da Emma e lá acontece... Nada. Literalmente nada. E tudo, figurativamente falando. A partir desse dia (15 de julho de 1988, dia de "São Sweet") começa uma grande amizade e uma espécie de tradição entre os dois.

Dexter e emma ❤️

Acho digno falar que, além de choro, o filme também me arrancou umas boas risadas. Os diálogos, as birrinhas entre os amigos Emm e Dex me deixaram com os olhos brilhando e um sorriso nos lábios. Posso garantir pra vocês que a amizade e o romance entre os dois protagonistas realmente mexeram comigo e, além disso, a forma como a história deles foi contada me fez amar imensamente a obra. 

Acaba que a gente se envolve com eles. A gente se vê junto com o Dex (sentindo vergonha alheia, diga-se de passagem) quando ele começa a apresentar um programa de tv que passa na madrugada e ninguém assiste, a gente se vê junto com a Emm durante o expediente dela num restaurante mexicano medíocre sem nenhuma boa perspectiva pro futuro. E, principalmente, a gente se vê junto dos dois a cada 15 de julho, a cada abraço, a cada briga e cada momento feliz e triste. Os dois crescem junto, batem a cabeça diversas vezes, mas no fim tudo se encaminha. 

Via Facebook

O grande diferencial da obra, além da forma como é "narrada" - brincando com o tempo, mostrando os fatos à medida em que se tornam importantes -, é o final. Nada clichê e triste, muito triste. Não quero dar spoiler nem nada, mas preparem os lencinhos. A forma como me envolvi com os personagens foi tão verdadeira que senti na pele cada perda, dor e decepção. 

Por fim, não sei fazer resenhas imparciais e acredito que isso nem pode se chamar assim. São só as minhas impressões sobre o filme e meu pedido: ASSISTAM. Sério! Tô encantada pela história e, como já disse, louca pra ler o livro. Me enviem de presente, pode ser? hahaha 

E vocês, já assistiram ou leram? Me contem como foi a experiência de vocês.

trecho de "Um Dia" | via Facebook